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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MILENA ESTRADA SAINZ

( Bolívia )

 

ESTRADA SAINZ, Milena (Oruro, Bolívia, 1917 - 1982).- Poeta e educadora.

Colaborador de diversos meios jornalísticos.

Virginia Ayllón escreveu sobre a autora e sobre sua primeira coletânea de poemas: " Corola de agua, é um livro lindo: papel azul claro, ilustrações com tinta azul. Tudo, tudo é etéreo neste livro impresso em Oruro em 1946 numa 'edição especial de trinta exemplares em papel Atlantic Bond'. Livro ilustrado do colega poeta Luis Luksic que, com certeza, deve ter clareado o pincel e mal imaginou o traço para que seus desenhos coexistissem com a tênue palavra ali exposta. / Tentei encontrar sua autora, Milena Estrada Sainz –a empoemada, como Luksic a descreve- e ela não existe, ela não é. Ela só vislumbra nas memórias dos outros e se vê nos versos que destila, graciosos e delicados em sua Corolla de agua".

Seu poema nomeado 'Oruro' diz: " Uma memória desabitada de pássaros / Retorna, / quando a primavera está chegando / o coração da montanha / e se dilata na imensa noite / lágrima... / Vou pelas ruas onde se enrola / a palavra silêncio; / partindo-se em minúsculos fragmentos de carboneto / em que a lua trançará um colar. / Flor sem folhas: o vento!".

 

LIVROS

Poesia : Corolla de agua (1946); Perfil do Vale (1969); Buraco ilimitado (2004).

Biografía e foto extraído de https://elias--blanco-blogspot-com.translate.goog/2012/01/milena-estrada-sainz.html

 

TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.  13,5x19 cm. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

PULSERA DE DALIAS

Hoy de madrugada
me han dicho que ha muerto
la novia del viento.

¡Pulsera de dalias!

Palomas perdidas
sus ojos morenos
largo su cabello…

¡Pulsera de dalias!

Ala de la nieve
su risa dorada
sobre la retama.

¡Dedos de vainilla!
Por el aire claro
sus labios mojados.

Hoy de madrugada
me han dicho que ha muerto
la novia del viento.
¡Pulsera de dalias!


PICAFLOR

Para este diminuto
fragmento de arcoiris
las flores campesinas
huelen a rosas tibias.


PLENITUD

¡Qué regalo me hace la tarde!
Cae una hoja…
y está en mis manos
el perfil del valle.


LUCIERNAGA

Oscuro farolito
llegas con lluvia
y se apagan las estrellas.

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

PULSERA DE DÁLIAS

Hoje de madrugada
me disseram que morreu
a noiva do vento.

Pulseira de dálias!

Pombas perdidas
seus olhos morenos
longo seu cabelo…

Pulseira de dálias!

Asa da neve
seu riso dourada
sobre a retama.

Dedos de baunilha!
Pelo ar claro
seus lábios molhados.

Hoje de madrugada
me disseram que morreu
a noiva do vento.
Pulseira de dálias!


BEIJA FLOR

Para este diminuto
fragmento de arco-íris
as flores camponesas
com cheiro de rosas tíbias.


PLENITUDE

Que presente me deu esta tarde!
Cai uma folha…
e está em minhas mãos
o perfil do vale.


VAGA-LUME

Escuro farolete
chegas com chuva
e se apagam as estrelas.

*

VEJA e LEIA outros poetas da BOLÍVIA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html

 

Página publicada em julho de 2022


 

 

 
 
 
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